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pag. 07 - POLÊMICA NO 1º CONCURSO DPGE/RJ

Por Carolina Lopes


No dia 12 de outubro do corrente ano, foram realizadas por todo o Estado do Rio as provas para o cargo de técnico médio da DPGE/RJ. Após o término do horário disponibilizado para os candidatos responderem às questões, notei um forte descontentamento, principalmente pelo fato da prova estar confusa e mal redigida, sendo que muitas perguntas apontavam para mais de uma resposta... Tal espectativa culminou na reportagem efetuada pelo jornal O Globo, onde foram publicadas algumas palavras de candidatos insatisfeitos com o procedimento esposado na aplicação das referidas provas, havendo reclamações registradas no MP Estadual.
O absurdo foi que, procurado para dar esclarecimentos sobre o assunto, o Defensor Público Geral do Estado afirmou que o descontentamento dos candidatos era apenas "CHORO DE PERDEDOR". É muito satisfatório ver o chefe de uma Instituição como a DPGE/RJ, que defende princípios constitucionais como o do duplo grau de jurisdição, utilizar-se da afirmativa supra.

Com certeza, quem fez esta prova foi perdedor em algum momento, pois ao aplicar o que estudou na bibliografia indicada pelo edital do concurso, acabou perdendo a questão!
Somos todos perdedores, senhores candidatos, pois, ao contrário do gabarito da prova, nós sabemos que Ato Administrativo Vinculado NÃO pode ser REVOGADO, mas somente ANULADO (q. 45), ou que permissão é ato discricionário e precário que consiste na utilização privativa de bem público por particular ou a execução de serviço público (q. 46- Di Pietro- Direito Administrativo - pág 229), ou ainda que a teoria utilizada pelos órgãos públicos é a do órgão, e não a da representação, pois o Estado não é agente INCAPAZ (q. 52). E todos esses erros gritantes, apenas na prova de administrativo, para matérias ligadas à interpretação e ciências humanas, estava parecendo uma avaliação de matemática ou física, com fórmulas demarcadas e resultados improváveis.
E o pior, senhor, aos "perdedores" deste concurso? ahhh, que chorem em silêncio ou paguem R$ 30,00 POR QUESTÃO que queiram recorrer... Isso é que é capitalismo... Com a quantidade de questões inaptas... Dá para abrir até mais umas vaguinhas, graças aos recursos...
Enfim, estudar tanto para marcar a resposta certa, e perder o ponto não deveria fazer parte do procedimento concursal.


Obrigada aos que tiveram paciência para ler até aqui! E abraço à todos os 'perdedores'!